Noite do dia 19/02/14, por volta das 22:00 horas, à Divisão de Homicídios da Capital,recebe uma comunicação sobre um duplo homicídio ocorrido no interior de ma residência, localizada dentro da Vila Militar do Exército, no bairro de Ricardo de Albuquerque. No local a equipe de investigação apurou através do INQ. 000226/14, que o chefe da casa, um sargento, após desentendimento com sua esposa, desfere na vítima 05 (cinco) tiros pelas costas, tudo na presença de sua filha menor e que logo após totalmente transtornado caminha para a parte frontal externa da casa onde após balbuciar palavras sobre a morte da esposa, desfere contra a própria cabeça um tiro na presença de todos dando fim ao trágico desfecho. As oitivas iniciais das testemunhas presenciais demonstraram que o autor do crime participava de um culto afro-religioso, através da rádio “OBARÁ”, que funcionaria na própria residência, em companhia de sua esposa; um pai de santo; uma mãe de santo e um membro daquela irmandade, que a tudo assistiram sem nada poderem fazer. Ainda, através de declarações, familiares que não estavam presentes, relataram que o fato já era esperado, pois o militar, após adquiri uma arma, tentara tirar o seu porte, porém o documento lhe fora negado pelas autoridades militares, em detrimento da violência que já era demonstrada pelo militar em lidar com os próprios filhos que já haviam abandonado o lar. O local do crime estava semi-preservado e os peritos puderam traçar toda a dinâmica do evento que era compatível com as declarações prestadas pelas testemunhas e familiares que ratificaram que o casal vivia em desarmonia total, sendo que o sargento já manifestara o desejo de acabar com a própria vida por várias vezes. Como sindicante responsável pelo caso concluímos com a chegada do Laudo de Local de Crime, que o militar após discutir com a esposa, ainda durante a sessão espírita, fora a mala do seu veículo onde apanhou uma arma revolver de calibre 38, adentrou a casa e a executou com 05 tiros pelas costas, tendo posteriormente recarregado novamente a arma com um único cartucho que desferiu contra a sua própria cabeça já na parte externa da casa. Os autos do Inquérito Policial relatados foram encaminhados a Justiça sob o nº para posterior arquivamento, visto que o autor do crime já fora punido pela própria morte, fato que ocasionou a extinção da pretensão punitiva do agente. Certamente alguém foi o maior responsável por matar, roubar e destruir aquela família.
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